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Dois amigos percorrem toda a extensão do Rio Ivaí de caiaque em 26 dias.

Os amigos Alexandre Rodrigues e Daniel da Silva percorreram 685 km. ambos de Manoel Ribas, PR.

Lúcio Freire dos Santos
Por: Lúcio Freire dos Santos
26/10/2024 às 01h04 Atualizada em 29/10/2024 às 19h51
Dois amigos percorrem toda a extensão do Rio Ivaí de caiaque em 26 dias.
Rio Ivaí - Prudentópolis

Os dois navegaram de caiaque desde a confluência do rio dos Patos com o rio São João, onde começa o Rio Ivaí, no município de Prudentópolis, PR., até o Balneário Porto Camargo, município de Icaraíma, PR. Os amigos navegaram 693 km. Em Porto Novo, à 8 km do final do trajeto, uma parada para uma conversa com o portal https://litoraldeaguadoce.com.br

Um passeio que começou no sábado 28 de setembro e concluído todo o trajeto nesta sexta-feira, 25 de outubro. 26 dias de pura emoção e adrenalina”. Percorrendo 113 municípios a margem do rio do Ivaí. Considerando que toda a extensão do Rio Ivaí é de 685 km, mais 8 km até o Balneário Porto Camargo.

Alexandre disse o desafio começou quando a dupla comprou caiaques e fizeram “vários passeios próximos de casa”, e com o passar do tempo decidiram “fazer o trajeto em toda a extensão do rio Ivaí”.

Em 2022, Alexandre disse que tentou fazer “esse mesmo trajeto”, porém, fora impedido, devido “às fortes chuvas que ocorreram à época, causando grande enchente no Rio Ivaí. “Com o rio cheio, não teve como remar, a correnteza era muito forte”. “Mas esse ano criamos coragem e decidimos aventurar”.

Segundo Alexandre “os primeiros dias foram muito cansativos. Porque não estávamos preparados fisicamente, mas depois fomos acostumando com os remos, ficou muito bom; e agora já acostumei”.

A dupla levantava diariamente às 6h00min., da manhã, faziam o café e em seguida começavam a navegar, “ainda bem que era a favor da correnteza”. “Ao meio dia, a gente parava, preparava o almoço e depois continuava até às 17h00min., daí a gente montava o acampamento e fazia o jantar”.  Normalmente a dupla dormia em barracas ou em redes à margem do rio, quando dormiam em redes, cobriam o local com uma lona, temendo a chuva.

Ambos durante todo o trajeto usavam capacete; quando perguntado sobre o porquê do uso do capacete, Alexandre respondeu que, “logo no início, o rio Ivaí tem várias cachoeiras e a correnteza é muito forte, e as vezes o caiaque tombava; e nós tínhamos que manter a cabeça protegida”.

Alexandre disse ainda que eles, algumas vezes se depararam com cachoeiras de 3 metros de altura “e algumas não conseguimos evitar, porque quando a gente percebia, já estava descendo e não tinha como voltar, tinha que descer, kkk”.

Alexandre concluiu que “valeu a pena a viagem, a aventura, a adrenalina; e se precisar faço de novo, porque eu adorei”.

Já para o amigo Daniel Kamer, “foi fantástica a aventura! Já tínhamos feito vários trajetos, mas esse foi demais”. “Conhecer o rio Ivaí em toda a sua extensão, conhecer os seus afluentes, poder pescar um pouco, foi muita emoção... Um passeio como esse, a gente em contato com a natureza, ouvindo os pássaros logo pela manhã e remar como se estivesse na companhia das aves e animais, tudo isso não tem preço. Não tem explicação o que nós fizemos e se puder faço novamente”.

Daniel comentou que para a alimentação durante a viagem, eles levaram alimentos, como: arroz, feijão “e a mistura a gente conseguia no rio”. Também levamos os utensílios: panelas, pratos...

Durante todo o trajeto, a dupla conheceu alguns moradores que residem à margem do rio, “vários pescadores profissionais”. Foi muito legal!

rio Ivaí é um curso de água que banha o estado do Paraná. Ele nasce no município de Prudentópolis, região centro-sul do Paraná, através da confluência das águas do rio dos Patos com o rio São João. Após percorrer vários municípios do Paraná, o rio Ivaí desagua em um braço do rio Paraná. No Pontal do Tigre, de um lado pertence ao munícipio de Icaraíma, situado na margem sul da foz do Ivaí, e do município de Querência do Norte à margem norte.

O rio Ivaí é um dos grandes rios paranaenses e sua principal característica é a cor da suas águas que na maior parte do ano é marrom ou vermelha. A confluência de suas águas com as do rio Paraná exibe o fenômeno de instabilidade hidrodinâmica com formação de vórtices semelhantes aos observados na junção dos rios Negro e Solimões, na formação do rio Amazonas, popularmente conhecido como o encontro das águas.

Fotos: Claudiney Nery e Lúcio Freire

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