Fonte: SECRETARIA DO TURISMA
O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo (Setu) e do Viaje Paraná - órgão de promoção comercial do setor, participou do 3° Congresso Brasileiro de Trilhas, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP).
O evento teve início no dia 14 e terminou neste domingo (17). Por lá, o Estado apresentou os potenciais turísticos paranaenses em trilhas – ligadas ao ecoturismo, realizou reuniões, assinou um termo de cooperação interestadual para ampliação do Caminho do Peabiru e participou do lançamento de Foz do Iguaçu, no Oeste, como sede do 1° Congresso Pan-americano e 4° Brasileiro de Trilhas, a ser realizado em 2025.
O encontro, promovido pela Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, contou com a presença de governantes, ambientalistas, gestores de unidades de conservação, representantes de povos originários, empreendedores, montanhistas, ciclistas, turismólogos e demais profissionais do setor. Ao longo do evento, foram apresentadas alternativas de investimentos na criação e conservação das trilhas, bem como o impacto positivo que elas podem trazer à sociedade e ao meio ambiente.
Já realizado em Goiânia (GO), Niterói (RJ) e agora em São Paulo (SP), um dos destaques do evento foi o anúncio de que Foz do Iguaçu, na região Oeste paranaense, sediará a quarta edição do encontro nacional e a primeira edição do evento em nível pan-americano. O cenário será as Cataratas do Iguaçu", uma das Sete Maravilhas do Mundo, que conta em seu entorno com uma grande variedade de trilhas dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
Para o secretário estadual do Turismo, Márcio Nunes, receber o evento pela primeira vez no Paraná é uma grande oportunidade. “Temos um potencial espetacular quando se trata de trilhas terrestres ou aquáticas, contando também com a maior reserva intacta de Mata Atlântica. Agora, recebendo mais uma edição nacional do evento – e a primeira em nível pan-americano –, teremos a oportunidade de mostrar que o Paraná não é rico apenas em paisagens bonitas, mas sim, em infraestrutura, atendimento de qualidade e na aliança entre o turismo e preservação ambiental, o Estado mais sustentável do País”, disse.
“É necessário estudar e entender como funciona a implantação de uma trilha e como ela pode virar um roteiro, por isso, temos um trabalho voltado à infraestrutura, às políticas públicas e à preservação do meio ambiente, por meio do turismo responsável. Isso acarreta no bem-estar dos turistas, da natureza e dos trabalhadores, que tem novas formas de gerar emprego e renda por meio do setor”, completou Nunes.
Segundo a coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Setu, Anna Vargas, os holofotes estão voltados à próxima edição do congresso. “Por meio deste evento, conseguimos entender a importância das trilhas ao turismo e a sociedade. Por isso, receber uma edição ainda maior em Foz do Iguaçu, berço de preservação da natureza, é extremamente relevante. É por meio de iniciativas como esta, chamando esses congressos que são referência em suas áreas de atuação ao Paraná, que nós conseguimos nos posicionar como um Estado referência nessa área”, afirmou.
POTENCIAL – O Paraná abriga 10% das trilhas demarcadas em todo o País, tendo 22 áreas com mais de mil km de trilhas. No Brasil, são 335 Unidades de Conservação e um Geoparque que englobam 10 mil km de trilhas que passam por seis biomas: Mata Atlântica, Cerrado, Pampas, Caatinga, Amazônia e Pantanal.
As trilhas turísticas são definidas como caminhos terrestres ou aquáticos, percorridos a pé ou por meios de transporte não motorizados, com objetivo de fazer uma conexão entre unidades de conservação federais, estaduais e municipais. Existem também rotas náuticas, feitas por meio de caiaques, rafting ou até mesmo pelo mergulho. Além das trilhas históricas, rotas traçadas ao longo dos séculos, como é o caso do Caminho do Peabiru.
“Este congresso é mais do que uma reunião de entusiastas de trilhas. É uma celebração da natureza, do meio ambiente e da importância crucial que as trilhas desempenham em nossa sociedade. É um fórum onde ideias são compartilhadas, parcerias serão fortalecidas e soluções inovadoras são criadas”, comenta o Presidente da Rede Brasileira de Trilhas, Hugo de Castro.
REDE BRASILEIRA DE TRILHAS – É uma associação voluntária, sem fins lucrativos, que, em cooperação com entes governamentais das esferas federal, estaduais e municipais, implementa trilhas no Brasil em apoio às políticas públicas. Atualmente, as trilhas da Rede somam mais de cinco mil quilômetros em 26 estados e no Distrito Federal, com objetivo de ligar todas as unidades de conservação e outras áreas protegidas e relevantes por meio de trilhas.
A rede tem como pilares a conservação, recreação, saúde e geração de emprego e renda no meio rural. O objetivo é criar trilhas sustentáveis, que gerem renda, proporcionem satisfação e acesso a um estilo de vida saudável, servindo como ferramenta para a conservação da natureza